Pollyana Moça, por Raimalda Conceição

Sou Raimalda Conceição, mediadora de leitura da Biblioteca de Ítalo, e indico a leitura do livro Pollyana Moça.

A obra conta a história de uma menina órfã que vai morar com a tia, que não era uma das pessoas mais afetuosas ou simpáticas do mundo. Vocês vão perceber isso quando ela manda Pollyana ir dormir no sótão da casa. Entretanto, no decorrer da história Pollyana vai cativando todos a sua volta com seu jeito bondoso e carinhoso, inclusive amolecendo o coração da tia.

Nesse processo, Pollyana faz amizade com a cidade inteira e com uma personagem muito interessante chamada John Pendleton. Pollyana ensina a todos o Jogo do Contente, promovendo mudanças nas atitudes das pessoas, possibilitando que todos da cidade encarem a vida com alegria, tirando positividade até das tristezas.

Querem saber porque John Pendleton merece destaque? E que tipo de jogo é o Jogo do Contente? Querem aprender a jogar? Então leiam POLLYANNA MOÇA, um clássico de Eleanor H. Porter, adaptado por Telma Guimarães a partir da tradução original de Monteiro Lobato.

A Vendedora de Fósforos - crítica de Claudia Nina

A Vendedora de Fósforos, de Adriana Lunardi é a dica de leitura de hoje!

E quem vai nos contar sobre esse livro é Claudia Nina, em crítica publicada na Revista Pessoa em Outubro de 2011.

As Duas Irmãs

Uma rotina nômade que acaba em morte, sumiço ou quase loucura.

Há livros que ditam o próprio ritmo de leitura. Os melhores são sempre assim. Este de Adriana Lunardi, A vendedora de fósforos, por exemplo, pediu que eu seguisse lentamente e com muita atenção cada passo dos personagens – passos de viagem e de mudança, posto que se trata de uma família itinerante; passos internos, já que a protagonista mais caminha por dentro do que por fora.

Um silêncio absolutamente perturbador ronda estes passos, tanto os de fora, quanto os de dentro. A ponto de, mesmo nos intervalos da leitura, o texto continuar latejando – grande escritora essa Adriana. O maior trunfo do breve, mas denso, romance é criar uma atmosfera para cada um dos personagens que são igualmente densos, mesmo quando rasos. A rodinha é pequena: apenas a narradora, em uma chacoalhante primeira pessoa, a irmã (personagem crucial), o irmão, a mãe e o pai, para quem “nada superava o desacato de ter filhos que cresciam sem o seu consentimento”.

Último Encontro Regional do Programa Prazer em Ler em 2012

Como Polo de Leitura de Salvador apoiado pelo Programa Prazer em Ler (PPL), do Instituto C&A, a Rede EMredando Leituras esteve em encontro de formação do Programa entre os dias 13 e 16, em Recife.

O evento foi o ultimo Encontro Regional do Programa Prazer em Ler no ano de 2012 e reuniu a Rede EMredando Leituras e os Polos de Leitura de João Pessoa, Natal, São Luis, Recife, Olinda, Betim e Belo Horizonte. Na pauta, temas importantes para a sustentabilidade dos projetos de fomento à leitura como: comunicação e visibilidade, enraizamento comunitário e políticas públicas de leitura. O encontro também incluiu em sua programação visita a 8º Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), que aconteceu de 15 a 18 de Novembro, em Olinda.

Pequena Abelha, por Adriana Carolinne

Você se atrairia por um livro que tem uma orelha e contracapa que contam o mínimo possível sobre a história? Talvez a curiosidade te levasse a folhear um  livro desse tipo....e foi isso que eu fiz, mas não passei daí. Apenas meses depois de ter adquirido um livro desse tipo, chamado Pequena Abelha, tive vontade de lê-lo. Ainda bem que essa vontade chegou em algum momento, porque a obra é excelente.

Pequena Abelha, de Chris Cleave, conta a história de duas mulheres. Pequena Abelha, uma jovem refugiada nigeriana que vai para a Inglaterra fugindo do massacre em seu país, e Sarah, jornalista britânica, casada, que tem um filho pequeno. Por um acaso da vida, as duas se cruzam e uma delas tem que tomar uma decisão muito difícil, que mudará totalmente suas vidas. E tenho certeza que o que você pensou não chega nem perto.

Chris Cleave permite que os capítulos sejam narrados em primeira pessoa por Pequena Abelha e Sarah, alternadamente, o que torna as personagens muito reais para o leitor. E o mais legal é que a história não começa com o encontro delas duas. O início narra a vida delas anos depois desse encontro e, aos poucos, o passado das personagens vai sendo revelado. 

Não é um livro fácil de ler. Pequena Abelha faz despertar emoções fortes e, justamente por isso, é uma experiência literária fantástica. Não posso deixar de destacar que as reflexões da personagem Pequena Abelha revelam uma visão muito própria da vida e uma sensibilidade imensa. Confira você mesmo:

[...] peço-lhe neste instante que faça o favor de concordar comigo que uma cicatriz nunca é feia. Isto é o que aqueles que produzem as cicatrizes querem que pensemos. Mas eu e você temos de fazer um acordo e desafiá-los. Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: “Eu sobrevivi.”


Por Adriana Carolinne, 21, estagiária de comunicação da Rede EMredando Leituras.

Rede EMredando Leituras participa de I Encontro Estadual de Bibliotecas de Pernambuco

A Rede EMredando Leituras está em Recife participando do I Encontro Estadual de Bibliotecas de Pernambuco que teve início ontem. O encontro acontece no auditório da Academia Pernambucana de Letras e reúne profissionais que atuam em bibliotecas nos segmentos escolar, estadual, municipal e comunitário pernambucanos, representantes da sociedade civil e organizações governamentais e convidados representantes de bibliotecas comunitárias da Bahia, Paraíba, do Rio Grande do Norte, Maranhão e de Minas Gerais.

"O encontro está sendo mais um espaço para discutirmos concepções e desafios para o desenvolvimento de uma sociedade leitora e desafios das políticas públicas para o desenvolvimento de bibliotecas." Conta Rita Margarete, consultora associada da Avante- Educação e Mobilização Social, mobilizadora e articuladora da Rede EMredando Leituras.

O encontro é uma iniciativa da Releitura - Bibliotecas Comunitárias em Rede, da Região Metropolitana do Recife, do Centro de Cultura Luiz Freire e do Instituto C&A, a partir do Programa Prazer em Ler, que esperam que a troca de experiências levem à construção de propostas para o desenvolvimento de bibliotecas de qualidade em Pernambuco.

Ensaio sobre a cegueira, por Solange Sousa

Olá leitores, sou Solange Souza, mediadora de leitura da Biblioteca Comunitária Clementina de Jesus, e indico a leitura do livro Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago.

A obra nos faz refletir e temer a própria humanidade diante uma situação caótica, pois inicia com o relato de um motorista parado em um sinal de transito que subitamente descobre que está cego de uma cegueira diferente. Esse é o primeiro caso de uma treva branca que logo se espalha pela cidade. Saramago escreve, com poucos pontos, muitas vírgulas e com discurso corrente, esse tipo de escrita faz com que os acontecimentos descritos passem pela mente do leitor com muita velocidade; desta forma prossegue a descrição de vários personagens que vão ficando cegos sem dar nem uma pausa para respirar. Quando paramos percebemos que Saramago não deu nome a cidade, aos personagens e nem datou os acontecimentos, deixando este relato tão aberto a imaginação do leitor, que é impossível não tememos uma epidemia de verdade, e passamos a imaginar como agiriam as autoridades em uma situação como essa.

Bullying o que fazer?, por Amanda Santos

"A professora entrou na sala, cumprimentou os alunos e começou a fazer a chamada. Quando chegou a vez de Igor responder a presença, ele respondeu tão baixinho que a professora quase não escutou e, erguendo a cabeça para localizá-lo, perguntou:

- Igor, você está aí? - antes que ele respondesse, outro aluno disse, insultando-o:

- Fala alto "quatro olhos", além de não enxergar direito é mudo? - e todos caem na gargalhada!"

Esse é um trecho da dica de leitura de Amanda Santos, 11, leitora da Biblioteca Comunitária Clementina de Jesus. O título do livro é Bullying o que fazer?, e seu autor se chama Ricardo Brown. Amanda conta que o que ela gostou nessa obra foi o fato dela mostrar como bully é uma coisa desagradável, que machuca os outros. "É feio e tem gente que faz porque os pais não dão amor ou carinho, então eu digo não pratique o bullying" Conclui Amanda.