Publicado no Diário Oficial do Estado desta terça (29), o Plano Estadual do Livro e Leitura (PELL-BA) foi aprovado, marcando mais uma importante etapa para a democratização do acesso e valorização da leitura e o fomento à economia do livro. Estes três eixos temáticos foram definidos pelo Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e Leitura do Estado da Bahia (PELL-BA) que realizou, entre julho de 2012 e janeiro de 2013, diversos encontros para debater os rumos do setor até 2022, incluindo consultas públicas.
Segundo decreto publicado nesta quinta (29), o Conselho tem em sua composição representantes da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, de órgãos municipais na área, autores e editores de livros, representantes de bibliotecas e de instituições voltadas para acessibilidade, universidades estaduais e federais baianas e representantes de órgãos municipais de Cultura e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Fundação Pedro Calmon (FPC), responsável pela execução de políticas públicas de fomento ao livro, estímulo à leitura. “Ao longo dos últimos anos, nós reunimos profissionais da rede criativa e produtiva do livro e da leitura, e construímos um diagnóstico da área para nortear as ações. O PELL–BA é, portanto, uma política construída pelos baianos e para os baianos”, frisou o diretor do Livro e Leitura da FPC (DLL), João Vanderlei de Moraes Filho.
Rede - A proposta está em sintonia com o Plano Nacional do Livro e Leitura, o Plano Nacional de Cultura e o Plano Nacional de Educação, bem como o Plano Estadual de Cultura, apresentando 11 objetivos, oito estratégias e 51 ações, norteando as iniciativas a serem desenvolvidas em Salvador e no interior do Estado. “O PELL nos insere em um novo momento de desenvolvimento de políticas e práticas para promoção da leitura e democratização do acesso ao livro e serviços bibliotecários, articulado com uma rede dirigida pelo Centro para o Fomento do Livro e Leitura para América Latina, Caribe e Ibero-América (CERLAC). É a construção de um espaço favorável à leitura, levando em consideração aspectos locais mas vinculados ao espaço cultural latino-americano”, enfatizou João.
Desafios – Dentre as problemáticas a serem sanadas, estão a fragilidade de práticas leitoras nas escolas, o baixo número de projetos sociais de leitura e poucas livrarias. ”A Bahia tem se destacado pelo estímulo ao mercado editorial e, mais especificamente, às editoras baianas. Todavia, temos que ampliar tais ações para o campo da mediação da leitura e do livro, fortalecendo os serviços bibliotecários e estimulando pesquisas sobre o hábito leitor. Nosso principal desafio, portanto, é desenvolver tais políticas, levando em consideração os 27 territórios de identidade e os 260 Pontos de Leituras em todo estado”, disse o diretor.
Por meio de ações que ampliem a noção de leitura e de produção editorial, a Fundação Pedro Calmon vem buscando consolidar as demandas do Plano. Dentre elas, projetos como o Outras Leituras, promovendo outras linguagens artísticas tal como dança, artes visuais e a música; o Leituras Públicas, em Bibliotecas Escolares e o projeto Leituras Griot, em comunidades quilombolas. No campo da Economia do Livro, destacam-se ações como as Feiras de Livros, em Universidades e praças públicas e a mediação do livro e da leitura por meio da Biblioteca e Feira Móveis. “Acredito que nossa principal atuação tem sido em apresentar as políticas públicas da área, tornando-a um bem público em parceria com a União Baiana de Escritores (UBESC)”, concluiu João Vanderlei.
fonte: http://www.cultura.ba.gov.br/2014/07/30/aprovado-o-plano-estadual-do-livro-e-leitura-pell-ba/
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