Este livro realmente é uma
lição de amor para a alma e o corpo. Cada linha dele representa uma simbologia
a qual devemos decifrar e absorver para que tenhamos mais felicidade no nosso
viver e para que não nos percamos em coisas pequenas e insignificantes do mundo
adulto, afinal, nunca devemos esquecer a essência de criança que deve nos
habitar em qualquer fase da nossa vida.
Enquanto lia O Pequeno Príncipe,
sentia-me bastante vulnerável, pois uma mistura de emoções rememorava a minha
infância, os meus amores, a minha família, os meus amigos. Revisitei mais uma
vez essa obra e, de novo, percebi que ainda preciso investir mais na minha
felicidade e correr léguas das coisas que me deixam infeliz, desanimada,
esgotada. A percepção de efemeridade de todas as coisas é muito forte no
processo de leitura do livro e isso nos faz querer pincelar nossa vida, a fim
de torná-la mais significativa, mais, digamos assim, VIVA! Como foi bom pra
mim, nesse meu presente momento, reler Saint-Exupéry.
Por fim, gostaria de indicar a
leitura de O Pequeno Príncipe como um livro fomentador do amor, uma vez que ele
nos mostra, de forma tão simples e profunda, a importância das coisas
aparentemente “desimportantes” (fica bonito criar palavras, não é?). De vez em
quando, as pessoas ficam distantes umas das outras e acabam perdendo a beleza
interior que cada uma delas, na sua singularidade, tem. Todos somos
amanheceres, todos somos estrelas, todos somos luminosidades e somos
anoiteceres. E que bom que somos tantas coisas! Não se esqueçam disso!
Andréa Oliveira, consultora da Avante – Educação e Mobilização Social