OLÁ!!
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quarta-feira, 30 de março de 2016
sábado, 13 de fevereiro de 2016
AUTOR (ES): WANEZZA SOARES
Perdido num lugar distante de tudo, um homem se abriga na casa de uma família simpática e diferente. Essa gente tem um hábito esquisito: sair todas as noites para buscar o dia. Quando passa de novo por ali, o homem leva um presente que muda a rotina daquelas pessoas...”
Na infância, o fotógrafo Paulo Pampolin adorava esta história de Edy Lima, “A gente que ia buscar o dia”, contada pela mãe. O livro se perdeu, mas Pampolin guardou a fábula na cabeça e, a seu modo, passou a recontá-la para embalar os sonhos da filha Giovanna, hoje com 9 anos. Tal era a conexão entre pai e filha que Patrícia, atual mulher de Pampolin e madastra de Gigi, decidiu procurar um exemplar da obra nos sebos de São Paulo. Lima repousa atualmente nas estantes da família e é um dos raros livros aos quais a menina se apega. Os demais ela faz questão de compartilhar, depois de lidos, obviamente, com quem quiser. Quase todos os domingos ela e o pai oferecem literatura de graça aos pedestres do Minhocão, região central da capital paulista.
A ideia de doar livros começou há pouco mais de seis meses. Dona de uma biblioteca invejável para a idade, Gigi se perguntou: por que não compartilhar com outros leitores? Encontro-a em uma manhã fria e cinzenta de inverno. O termômetro marca 13 graus, mas não a desanima. A menina empurra um carrinho repleto de obras de sua coleção rumo a um ponto do elevado, fechado aos carros no domingo. Entre artistas, ourives, ciclistas e turistas, ela monta sua pequena banca de exposição de tomos gratuitos.
Diante do empenho da filha, Pampolin criou no Facebook a página “A menina que doa livros”. Pela rede social, avisa quando estará ao lado de Gigi no Minhocão (as doações acontecem nos fins de semana que a menina passa com o pai), elenca os títulos disponíveis e aceita pedidos de encomendas. Giovanna lê todos os comentários, mas, por motivos de segurança, deixa as respostas a cargo do pai. “Em uma tarde, a página passou de 30 curtidas (seguidores) para mais de mil. Com isso comecei a juntar meus livros para doar também”, diz o fotógrafo.
Os adultos são a maioria dos frequentadores e também os mais desconfiados. Já perguntaram se havia câmeras escondidas ou se era pegadinha. Chegam tímidos, mas no fim sempre escolhem um título. Vários se comprometem a trazer seus livros para doar, embora poucos o façam de verdade.
O movimento varia e depende muito do clima. Nesse domingo frio e cinzento, Gigi doou apenas 5 dos 41 livros à disposição. Em dias mais ensolarados, relata a menina, não sobra nenhum exemplar. Eros, o cão da família, também é um bom garoto-propaganda. Quando ele vai junto, a visita aumenta. “O pessoal chega para brincar com ele e acaba pegando um livro”, conta a garota, ciente da empatia causada pelo animal.
Há quem peça para tirar fotos com a menina. Outros querem uma dedicatória no título escolhido, caso de Eliana Raposo, que passeava com o marido e aproveitou para dar uma olhada nas opções. Ela escolheu Trem-Bala, de Martha Medeiros, presente para a mãe. “Ela está querendo esse livro há tempos e encontrei aqui”, comemora Eliana. O marido, Wilson Rodrigues, até pensou em levar o poeta chileno Pablo Neruda, mas mudou de ideia e escolheu A Cidade dos Bichos, texto infantil de Arlette Piai. Dará a uma criança. Prova de que gentileza gera gentileza, como dizia o poeta carioca.
Aos leitores Gigi e Pampolin só pedem um favor: a manutenção da corrente de doações. “O ideal é que o livro circule, não só troque de estante”, explica o fotógrafo. Para quem tem dificuldade em se livrar de seus livros (discos etc.), a menina aconselha: “Desapega”.
Pai e filho têm um trato. Gigi ganha livros quando quer. Outro tipo de presente só em datas muito especiais (aniversário, Dia das Crianças e Natal). Depois de sorver cada página, a menina coloca o exemplar na lista de doações. É o que acaba de fazer com O Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Saint-Exupéry, clássico preferido das aspirantes a miss. Encomenda, aliás, de um frequentador da página no Facebook.
Apesar de leitora voraz, Gigi não abre mão de um momento de prazer: a leitura noturna feita pelo pai antes de ela dormir. A voz a conecta com sua mais tenra infância. Só não valem histórias tristes.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/859/a-menina-que-doa-livros.html
Na infância, o fotógrafo Paulo Pampolin adorava esta história de Edy Lima, “A gente que ia buscar o dia”, contada pela mãe. O livro se perdeu, mas Pampolin guardou a fábula na cabeça e, a seu modo, passou a recontá-la para embalar os sonhos da filha Giovanna, hoje com 9 anos. Tal era a conexão entre pai e filha que Patrícia, atual mulher de Pampolin e madastra de Gigi, decidiu procurar um exemplar da obra nos sebos de São Paulo. Lima repousa atualmente nas estantes da família e é um dos raros livros aos quais a menina se apega. Os demais ela faz questão de compartilhar, depois de lidos, obviamente, com quem quiser. Quase todos os domingos ela e o pai oferecem literatura de graça aos pedestres do Minhocão, região central da capital paulista.
A ideia de doar livros começou há pouco mais de seis meses. Dona de uma biblioteca invejável para a idade, Gigi se perguntou: por que não compartilhar com outros leitores? Encontro-a em uma manhã fria e cinzenta de inverno. O termômetro marca 13 graus, mas não a desanima. A menina empurra um carrinho repleto de obras de sua coleção rumo a um ponto do elevado, fechado aos carros no domingo. Entre artistas, ourives, ciclistas e turistas, ela monta sua pequena banca de exposição de tomos gratuitos.
Diante do empenho da filha, Pampolin criou no Facebook a página “A menina que doa livros”. Pela rede social, avisa quando estará ao lado de Gigi no Minhocão (as doações acontecem nos fins de semana que a menina passa com o pai), elenca os títulos disponíveis e aceita pedidos de encomendas. Giovanna lê todos os comentários, mas, por motivos de segurança, deixa as respostas a cargo do pai. “Em uma tarde, a página passou de 30 curtidas (seguidores) para mais de mil. Com isso comecei a juntar meus livros para doar também”, diz o fotógrafo.
Os adultos são a maioria dos frequentadores e também os mais desconfiados. Já perguntaram se havia câmeras escondidas ou se era pegadinha. Chegam tímidos, mas no fim sempre escolhem um título. Vários se comprometem a trazer seus livros para doar, embora poucos o façam de verdade.
O movimento varia e depende muito do clima. Nesse domingo frio e cinzento, Gigi doou apenas 5 dos 41 livros à disposição. Em dias mais ensolarados, relata a menina, não sobra nenhum exemplar. Eros, o cão da família, também é um bom garoto-propaganda. Quando ele vai junto, a visita aumenta. “O pessoal chega para brincar com ele e acaba pegando um livro”, conta a garota, ciente da empatia causada pelo animal.
Há quem peça para tirar fotos com a menina. Outros querem uma dedicatória no título escolhido, caso de Eliana Raposo, que passeava com o marido e aproveitou para dar uma olhada nas opções. Ela escolheu Trem-Bala, de Martha Medeiros, presente para a mãe. “Ela está querendo esse livro há tempos e encontrei aqui”, comemora Eliana. O marido, Wilson Rodrigues, até pensou em levar o poeta chileno Pablo Neruda, mas mudou de ideia e escolheu A Cidade dos Bichos, texto infantil de Arlette Piai. Dará a uma criança. Prova de que gentileza gera gentileza, como dizia o poeta carioca.
Aos leitores Gigi e Pampolin só pedem um favor: a manutenção da corrente de doações. “O ideal é que o livro circule, não só troque de estante”, explica o fotógrafo. Para quem tem dificuldade em se livrar de seus livros (discos etc.), a menina aconselha: “Desapega”.
Pai e filho têm um trato. Gigi ganha livros quando quer. Outro tipo de presente só em datas muito especiais (aniversário, Dia das Crianças e Natal). Depois de sorver cada página, a menina coloca o exemplar na lista de doações. É o que acaba de fazer com O Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Saint-Exupéry, clássico preferido das aspirantes a miss. Encomenda, aliás, de um frequentador da página no Facebook.
Apesar de leitora voraz, Gigi não abre mão de um momento de prazer: a leitura noturna feita pelo pai antes de ela dormir. A voz a conecta com sua mais tenra infância. Só não valem histórias tristes.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/859/a-menina-que-doa-livros.html
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Edital de Premiação
12º Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil
Publicado pela Central de Editais
Patrocinador
Fundação SM
Encerramento das inscrições
31/01/2016
31/01/2016
A Fundação SM abriu inscrições para a 12ª edição do Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil. A ação tem como objetivos revelar novos autores, estimular a criação literária nacional e propiciar aos jovens leitores o acesso a textos inéditos e de qualidade. A participação é aberta a autores de obras literárias maiores de 18 anos, de qualquer nacionalidade e só poderão ser inscritas obras de ficção nos gêneros romance e novela. O vencedor firmará um contrato de edição válido pelo período de sete anos e receberá R$ 40.000 como adiantamento de direitos autorais. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas online pelo site barcoavapor.edicoessm.com.br até o dia 31 de janeiro de 2016.
Área de atuação
Cultura e Artes
Sub-área
Literatura
Valor total disponível
R$ 40.000,00
Locais de atuação dos projetos
Internacional
Fonte de Financiamento
Recursos próprios
Sites
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Edital de premiação
Prêmio Sesc de Literatura 2016
Publicado pela Central de Editais
Patrocinador
Sesc - Serviço Social do Comércio
Encerramento das inscrições
12/02/2016
12/02/2016
O Sesc - Serviço Social do Comércio abriu inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2016, categorias Conto e Romance. O prêmio visa proporcionar uma renovação no panorama literário brasileiro e incentivar a ingressão de novos escritores no mercado editorial. Poderão concorrer escritores brasileiros e estrangeiros, residentes no Brasil, com mais de 18 anos. Os textos serão analisados por uma comissão julgadora composta de escritores, jornalistas, críticos literários e especialistas em literatura. O vencedor de cada categoria terá sua obra publicada e distribuída comercialmente pela editora Record, com uma tiragem inicial mínima de 2.000 exemplares. As inscrições podem ser efetuadas online, pelo site http://www.sesc.com.br/portal/site/premiosesc/Inscricao/ até o dia 12 de fevereiro. O resultado do Prêmio Sesc de Literatura 2016 será divulgado em junho de 2016.
Área de atuação
Cultura e Artes
Fonte de Financiamento
Recursos próprios
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